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A PESQUISA TRANSLACIONAL NO INCT-DT

Uma das metas do INCT-DT é a realização de pesquisas que venham trazer de uma forma mais rápida benefícios para os portadores das doenças tropicais. Essa pesquisa denominada de translacional visa no INCT-DT melhorar o diagnóstico das doenças tropicais, identificar exames que possam ser indicativos de gravidade ou dessas doenças de falha ao tratamento dessas doenças, desenvolvimento de vacinas e de novas formas de tratamento para as doenças tropicais.

Com relação ao diagnóstico da leishmaniose tegumentar desenvolvemos uma técnica em biologia molecular que permite com o material obtido da biópsia de pele realizar no campo o diagnóstico da infecção causada pela Leishmania braziliensis, o principal patógeno causador da leishmaniose tegumentar no Brasil. Na esquistossomose documentamos que a detecção do antígeno catódito de S. mansoni na urina que pode ser realizado com poucas horas é mais sensível que o exame de parasitológico de fezes.

Marcadores imunológicos e moleculares na doença de Chagas, leishmaniose e hanseníase tem como objetivos identificar entre os indivíduos infectados por parasitos causadores dessas doenças aqueles que apresentam maior chance de evoluir para uma doença grave associada até com a morte ou de identificar pacientes que tenham mais chance de não responder ao tratamento habitualmente utilizado. Por exemplo, o antimoniato de meglumina (glucantime) é a droga recomendada pelo Ministério da Saúde para tratamento das leishmanioses. Todavia, no caso da leishmaniose cutânea a falha terapêutica a esse medicamento vem crescendo e para determinar a existência da falta de resposta a medicação temos que aguardar até 60 dias para que outra droga seja utilizada. A identificação desses marcadores como carga parasitária (quantidade de leishmanias que estão causando a infecção), variedade entre espécies do parasito e micro RNAs tem permitido que mais rapidamente seja reconhecida a possibilidade de falha ao tratamento e a realização do tratamento com outro medicamento como a anfotericina B.

Investigadores do INCT-DT tem desenvolvido novas formas de tratamento para a leishmaniose tanto drogas para aplicação por via oral como tópicas, que tem se mostrado eficazes em modelos experimentais. Como na leishmaniose cutânea a resposta imune inflamatória é o principal causador da lesão identificamos que o antígeno Sm29 da Schistosoma mansoni modula essa resposta inflamatória e pode reduzir o tempo de cura da leishmaniose cutânea de 90 para 45 dias.