Leishmaniose – Doenças Tropicais | INCT-DT

Doenças Tropicais

Leishmaniose

Doença infecciosa, porém, não contagiosa, causada por parasitas do gênero Leishmania. É uma zoonose comum ao cão e ao homem, mas outros mamíferos podem atuar como reservatórios. É transmitida pela picada de mosquitos flebotomíneos do gênero Lutzomyia que durante o repasto sanguíneo inoculam os parasitas na pele do hospedeiro. Os parasitas vivem e se multiplicam no interior de células que fazem parte do sistema imune, chamadas macrófagos.

A leishmaniose tegumentar, cuja forma mais comum é a leishmaniose cutânea caracteriza-se por feridas na pele que se localizam com maior freqüência nas partes descobertas do corpo. Concomitante ou tardiamente, podem surgir feridas nas mucosas do nariz, da boca e da garganta. Essa forma da doença é chamada de leishmaniose mucosa, também conhecida como “ferida brava”. Outras formas mais raras da doença que envolve lesões em múltiplas partes do corpo (leishmanioses disseminada e difusa) também podem ocorrer. Geralmente, essas formas clínicas raras são mais difíceis de tratar e o tempo de cura mais prolongado.

A leishmaniose tegumentar é muito comum em regiões de mata secundária afetando principalmente moradores da zona rural. A leishmaniose visceral (ou calazar) é uma doença sistêmica e considerada grave, pois acomete vários órgãos internos, principalmente o fígado, o baço e a medula óssea. Sintomas como febre persistente, perda de peso, anemia e diarreia, aumento do baço e fígado são característicos. O diagnóstico da leishmaniose é realizado por meio de exames clínicos e laboratoriais e o tratamento deve ser cuidadosamente acompanhado por profissionais de saúde. A leishmaniose cutânea é considerada a forma mais comum da doença. O tratamento em humanos é feito por administração de compostos de antimônio, pentamidina, anfotericina ou miltefosina.

O INCT-DT estuda as leishmanioses em diferentes áreas endêmicas brasileiras e tem contribuido com vários trabalhos esclarendo mecanismos celulares e moleculares de sua patogênese, assim como testes para novas drogas e desenvolviemnto de vacinas.